Me recordo, com o coração repleto de alegria e
esperança, carregado de nuances nostálgicos, desacreditando de como o tempo passou
rápido desde então.
Eu tinha entre 7 e 10 anos e começava a montar a minha
pequena biblioteca, sem nem imaginar que aqueles montinhos de livros coloridos
na estantezinha do meu quarto
poderiam ser chamados por esse nome tão nobre: BIBLIOTECA.
Meu sonho era aprender a ler logo, já que meus irmãos
mais velhos liam e podiam ser livres, ser livros.
O livro é um instrumento que parece um amigo, fala através de
nossa fala, fala conosco, usa nossos sentidos para fazer sentir,
a visão para nos
fazer perceber seu mundo, nos inspira gratidão e nos desperta diversas emoções e sentimentos ao final de cada diálogo.
Seguindo essa vibe de reflexão deixo aqui um registro de alguns pensamentos, meus, acerca desse companheiro amado por uns, esses desbravadores ou curiosos, e temido por outros prováveis desavisados ou ainda não conquistados por esse mundo da leitura.
Liberte o livro,
leve o
para fora do livreiro e ele
será tão livre
como um
pássaro forasteiro.
Um livro
aprisionado, é como um pássaro que quer
voar
mas não
sabe como o fazer,
pois
passou grande parte de seu viver
numa
gaiola a cantarolar
seus
sonhos e a liberdade
que ele insistia em suplicar.
A gaiola
o impediu de colorir a paisagem,
os
arredores e a margem onde o
riu corre
numa
aquarela de diversidades,
a sua cor
não apareceu por lá.
O livro
liberto é um livro aberto
fora do
livreiro,
expande
pensamentos,
traz o
longe para perto,
desencadeia
os sentimentos.
Como num
voo de um pássaro
recém
iniciado nas artes de voar,
ler é uma
prática, só
basta começar.
O Céu
precisa de você,
só quem
experimentou sabe
a diferença que traz ao ar, ao
lar, ao redor,
construir a
sua verdade, se fazer melhor.
Passe
adiante, entregue as asas à mais
alguém,
vamos
espalhar o bem, vamos
abrir as gaiolas,
vamos
libertar os livros, as
mentes, as vidas, a escola.
Sem consultar,
raça, crença,
e o que
mais for diferença,
seja simples e
bela pluralidade.
Que você se torne parte dos libertadores
e libertados
para usar a mente e colorir a
paisagem,
com atos e iniciativas
dessa gente tão querida
e iniciada
no mundo do pensar.
É preciso
sentir e agradecer,
pelo ir e vir, por decodificar e
sobre tudo pelo escolher.
Gratidão por libertar, por livrar,
Da falta de liberdade, da falta de
poder ser quem você for,
da falta de poder escolher e da
falta do saber que se pode ser muito mais.
Vamos
livrar, vamos ser livres, vamos ser livros.
Eu livrarei, você livrará, o livro
livrará, e juntos, certamente, nós livraremos.
Autora: Daiane Barreto
Espero que esse poema tenha trazido vontade de libertar um livro da sua estante ou da estante de alguém que você conhece.
Escolha sua leitura, pode ser gibi, literatura infantil, revista de moda, de carros, ficção, romance, artigos científicos,o que for. Escolha o que encher seu coração de alegria e sua consciência de crescimento, mas escolha.
Abraços de Luz,
Com carinho,
Daiane Barreto.
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